“O que você tem escolhido valorizar?”

"Me Ouça, Mesmo em Silêncio"
Me convença de que está tudo bem...
Mas, quando você vai embora, minha certeza também se vai.
É sempre a mesma história:
Me culpo, me escondo, me calo.
Por que não digo que preciso de ajuda?
Porque aprendi a parecer forte,
Mesmo quando minha alma grita por socorro.
Mas...
Ninguém ouve.
Não porque não queiram
Mas porque meu grito não tem som.
O medo e a culpa tiram minha voz.
Por que esconder minhas emoções?
Porque tenho medo de não ser entendida.
Medo de dizer "não",
Medo de desmoronar.
Mas eu clamo...
Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim!
Aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
Então, Senhor, salva-me de mim.
Liberta-me da culpa.
Liberta-me do medo.
Confio em Ti.
E sei: Teu amor me libertará.
Mesmo que o mundo não ouça,
Sei que o Senhor ouvirá.
E você, que lê isso agora:
Sabia que existem pessoas em pedaços,
Gritando por socorro com a alma em silêncio?
Seja o ouvido que escuta o grito sem som.
Seja o abraço que não exige palavras.
Seja o reflexo do Amor que liberta.
E, se você está lendo esta mensagem e se sente assim, saiba que não está sozinho.
Deus olha para você, e Ele não é indiferente à sua dor.
Te convido a falar com Ele agora e contar tudo o que sente.
Ele te ouvirá.
Espere no Senhor, e Ele se inclinará para você e te ouvirá.
Ele te tirará desse poço frio e escuro e te colocará em um lugar seguro.
Deus te abençoe! Jesus te ama!
Eu tentei, sabe... tentei limpar a barra de Davi. Mas quanto mais eu olho pra história, mais percebo: não tem como. Ele era o rei. Ele tinha poder. Ele sabia que ela era casada. E mesmo assim mandou chamá-la. Ela não foi até ele por vontade própria. Ele a trouxe. Ele a tomou. Ele sabia o que estava fazendo.
E ela? O que poderia dizer? “Meu rei, eu sou casada. Isso é adultério. Isso é pecado. Isso é sentença de morte.” Você acha mesmo que ela teria voz pra isso? Diante de um rei? Diante de alguém que podia decidir o destino dela e de seu marido?
E o que Davi fez? Matou Urias. Matou o marido dela. Um homem fiel, leal, honrado. E tomou a mulher dele como esposa. Que prova maior precisamos de que ele era capaz de cometer os atos mais absurdos?
Mas sabe o que mais me toca? É como Deus olhou para Bate-Seba.
Ela não foi chamada de mulher de Davi, mesmo depois de casada com ele. Lá em Mateus 1:6, na genealogia de Jesus, ela é mencionada como “a mulher de Urias”.
Isso me quebra por dentro. Me toca profundamente.
Porque é como se Deus dissesse:
“Ela não é propriedade do homem que a tomou. Ela permanece, aos Meus olhos, a mulher do homem que a amava. A mulher que foi injustiçada. Eu honro a história dela.”
E então vem o profeta Natã. A parábola da ovelhinha.
Que coisa mais linda.
A ovelhinha dormia no colo, comia do prato, bebia do copo. Era única. Era amada. Era parte da casa.
E foi tirada.
Deus não disse: “Vocês pecaram.”
Deus disse: “Tu és este homem.”
Davi foi confrontado. Não ela.
Ela foi protegida até na parábola.
Ela era a cordeirinha.
Ela sofreu, sim. Perdeu o filho. Chorou.
Mas depois...
Deus permitiu que ela gerasse Salomão.
E a Bíblia diz: “E o Senhor o amou.”
Um novo começo. Um sinal de graça.
Deus ainda estava com ela.
Essa história me faz pensar:
Quantas mulheres já foram vistas como culpadas quando, na verdade, foram vítimas?
Quantas cordeirinhas existem por aí, que só o céu reconhece?
Mas Deus vê.
Deus conhece a verdade por trás dos muros do palácio.
Deus não esquece o nome das injustiçadas.
Deus não apaga a história das mulheres feridas.
Ela será sempre lembrada como a mulher de Urias.
Porque, aos olhos de Deus, ela nunca foi de outro.