BEM - VINDO

Bem - vindo ao Seja como orvalho em terra seca, que você meu amigo possa ser edificado com cada mensagem posta aqui!
Deus te abençoe!

quarta-feira, 23 de julho de 2025


 “O que você tem escolhido valorizar?”


 “O que você tem escolhido valorizar?”


Hoje vivemos um momento especial aqui em casa. Estávamos mostrando para nossa filha algumas músicas antigas que marcaram a nossa juventude tanto seculares quanto cristãs. Lembramos de bandas que ouvíamos com alegria, como Bride e Christafari. Pedi para o meu marido colocar Jesus Best Friend (Jesus, Melhor Amigo), uma música que me trouxe lembranças tão especiais.

Assim que ela começou a tocar, eu não consegui me conter. Comecei a dançar. Naquela época, tínhamos um grupo de teatro na igreja que fazia pantomimas e coreografias, e essa música fazia parte do repertório. Enquanto dançava, vieram à mente os movimentos da coreografia e, com eles, a lembrança viva de um tempo que foi muito bom. E eu disse: “Essa época foi boa! Foi um tempo bom!”

Depois, parei para refletir: Que tempo bom! Houve lutas também, claro. Mas como é bom lembrar das coisas boas.

Foi nesse momento que algo me tocou profundamente:
Não tem como evitar as lembranças ruins. Elas fazem parte da nossa história.
Mas a grande pergunta é:
Você valoriza mais as lembranças ruins ou as boas?
Você dá mais importância à dor ou à alegria?

A dor ensina. Ela deixa marcas. Mas é a alegria que renova, que sustenta, que aquece o coração. Quando escolhemos dar mais importância às coisas ruins, elas ganham força e continuam nos machucando. Mas quando escolhemos valorizar o que foi bom  mesmo em meio às lutas, experimentamos gratidão. E a gratidão traz leveza. Ela cura.

Lembre-se:
Muitas vezes, são justamente as lembranças ruins que alimentamos e cultivamos e isso nos aprisiona.
Ficamos presos em memórias de dor, como se estivéssemos acorrentados a um lugar escuro. Lá só há sofrimento.
Mas existe outro lado.
Um lado com luz, com cor, com alegria.
Um lado onde habitam as boas lembranças que também fazem parte da nossa história e nos ajudaram a crescer.
E nesse lugar há algo precioso: gratidão. Então pegue a chave e abra esse lado cheio de vida e seja grato e escolha ali ficar, porque quando a dor vier você vai sentir, mas aprenderá a não cultiva-la e não se deixará ser acorrentado a ela. Viva, agradeça!

Então, a pergunta final é esta:
Qual dos dois lados você vai escolher?
Qual dos dois lados você vai cultivar?
O lado sombrio do passado, que ainda dói, que paralisa e aprisiona?
Ou o lado vivo, cheio de cor, onde mora a alegria e a gratidão por tudo aquilo que também foi bom?


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📖 "Quero trazer à memória o que me pode dar esperança."

Lamentações 3:21

quinta-feira, 10 de julho de 2025

Eles alimentam o povo no pecado, mas não os tiram dele


 Em todo o Brasil, vemos uma cena que se repete: ruas cheias de pessoas destruídas pelas drogas, perdidas na lama do vício, morando entre o lixo, o relento e a dor. Pessoas que já foram abordadas com propostas de ajuda, de recomeço, de reabilitação. Mas muitas dizem:

“Não, obrigado. Se você vier aqui todos os dias me trazer comida, eu aceito. Mas eu não quero sair daqui.”

Isso me fez pensar.
Quantos hoje, espiritualmente, estão vivendo exatamente assim?


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Um evangelho que alimenta, mas não limpa

Há líderes, pregadores, pastores e influenciadores dizendo:
“Deus te ama. Continue como está.”
“Não importa o que você faça, Ele vai continuar te amando.”

E é verdade: Deus ama.
Mas a pergunta é: o que estão fazendo com esse amor?

Hoje, o amor de Deus tem sido transformado em uma desculpa para permanecer no pecado.
É como se disséssemos:

> “Se Deus me ama no lixo, então é lá que eu vou ficar.”



Estão alimentando o povo — mas dentro do lixo.
Estão dando comida — mas sem oferecer a cura.
Estão falando do amor — mas sem anunciar o arrependimento.


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“Se Deus me ama, por que eu preciso mudar?”

Essa frase, que soa leve aos ouvidos de hoje, é uma das mais perigosas e vazias que alguém pode dizer.
É o grito de uma geração que não aceita confronto, que não tolera correção e que rejeita qualquer coisa que desafie o seu próprio prazer.

Mas o amor verdadeiro não é permissivo — é transformador.
E o que Cristo fez na cruz foi por amor, sim.
Mas não para que eu me beneficiasse e permanecesse onde estou.
Foi para me salvar, me limpar, me transformar.


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Banalização do amor mais lindo da história

Me entristece profundamente ver que muitos hoje banalizam o maior amor que o mundo já conheceu.
O amor do Filho de Deus, que foi moído, desprezado, crucificado por amor a nós.

E agora esse amor tem sido usado como justificativa para:

Viver no pecado,

Rejeitar a correção,

Anular a cruz.


📖 "Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor." (Romanos 6:23)

Mas o dom gratuito só faz sentido quando entendemos a gravidade do pecado.
Cristo não morreu à toa. Ele morreu porque a graça não é leve — ela custou sangue.


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Não é errado dar comida — mas e o banho?

Assim como é importante alimentar o faminto na rua, também é importante oferecer o caminho da restauração.
Dar pão, mas também oferecer saída.
Amar, mas também anunciar a verdade.

Infelizmente, muitos estão apenas alimentando as pessoas espiritualmente, mas não estão dizendo que é necessário sair do lixo.
Porque temem ofender. Porque acham que isso não é “amor”.
Mas o verdadeiro amor alerta, corrige, confronta.


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Um alerta à igreja

Essa mensagem não é só para o mundo — ela é para a igreja.
É sobre como nós, como Corpo de Cristo, temos lidado com a verdade.

Muitos dentro da igreja amam mais o “próximo” do que a Deus.
E, por isso, silenciam diante do pecado, aprovam condutas que Deus reprova e tentam adaptar a Bíblia à cultura atual.

📖 "Quem ama pai ou mãe mais do que a mim, não é digno de mim. Quem ama filho ou filha mais do que a mim, não é digno de mim." (Mateus 10:37)

Não é amar menos as pessoas.
É amar primeiro a Deus, acima de tudo e de todos.


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Que o Espírito Santo nos convença

Essa não é uma mensagem de condenação — é uma oração.
Que o Espírito Santo convença do pecado, da justiça e do juízo.
Que Ele abra olhos.
Que Ele quebre resistências.
Que Ele nos lembre, com graça e poder, que o amor de Deus é real, mas também é santo.

📖 “Eu repreendo e disciplino a todos quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te.” (Apocalipse 3:19

domingo, 29 de junho de 2025


Nem Toda Entrega É Santa




 

✨ Nem Toda Entrega É Santa:

O Perigo de Romantizar Ruth e Se Perder de Si Mesma

Todo mundo conhece a fala de Ruth.
Aquela que é citada em casamentos, em legendas de fotos, em devocionais sobre fidelidade.
Aquela que diz:

> “Aonde fores, irei; onde pousares, ali pousarei.
O teu povo será o meu povo, e o teu Deus será o meu Deus.
Onde morreres, morrerei, e ali serei sepultada...”



Bonito, não é?
Sim. É bonito. É poético.
Mas também pode ser perigoso — se lido fora do seu contexto.

Quando essa fala é interpretada como modelo emocional para todos os relacionamentos, como se todas as mulheres tivessem que agir assim para serem fiéis, muitas acabam se anulando, se perdendo, adoecendo.


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💔 Relacionamentos que enterram a identidade

Hoje, inúmeras mulheres vivem exatamente assim:
– Entregam-se por inteiro,
– Seguem o outro até o fim,
– Esquecem de si mesmas,
– E acreditam que isso é fé.

Mas o que parece fidelidade, muitas vezes, é apenas dependência emocional travestida de espiritualidade.


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📖 Ruth não é um molde — é um relato

Ruth viveu algo específico, num tempo específico, para cumprir um plano específico de Deus.
Deus usou sua escolha para conduzir uma linhagem profética que culminaria em Jesus.

Mas isso não significa que cada decisão de Ruth seja um modelo obrigatório para as nossas relações hoje. Seja de amizades ou relacionamentos amorosos. Até mesmo no meio da família, casamento.

> Ruth declarou fidelidade a Noemi,
não diretamente a Deus.



É aqui que mora o risco:
Pessoas que reproduzem esse tipo de entrega com seus parceiros, líderes, amigos, sogras, pais…
… e acabam se anulando totalmente.


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⚠️ Um caso real que revela o risco

Uma moça temente a Deus começou a orar por um futuro marido.
Um rapaz passou a frequentar a igreja, demonstrou interesse por ela, aceitou Jesus, se envolveu nas atividades da comunidade.

Eles começaram a namorar.
Ficaram noivos.

Aos olhos de todos, eram o “casal Ruth e Boaz”.
Mas no dia do casamento civil e religioso junto, no altar, ele olhou para ela e disse: “Olha bem para tudo isso… porque vai ser a última vez que você coloca o pé nesta igreja.”
Ela ao ouvir isso virou e disse para todos os presentes que não iria ter mais casamento e disse para ele:
 “Eu não vou casar com você.”


Agora pense:
Ele seguiu os passos de Ruth, emocionalmente.
– Adotou o Deus da moça.
– Conviveu com o povo dela.
– Participou de tudo.

Mas no fundo… tudo era falso.
Era manipulação.
Não era entrega a Deus — era estratégia para possuir alguém.

E se essa moça tivesse sido cega?
Se tivesse se entregado como Ruth?

Aquela ameaça teria se cumprido.
Ela teria perdido tudo: sua fé, seu altar, sua identidade.


 Deus é um Deus de alianças — mas não de prisões emocionais

Sim, Deus é um Deus de alianças.
Mas Ele nunca pediu que você deixasse de ser você para pertencer a alguém.

Ele não exige que você morra emocionalmente para manter um relacionamento.
Ele não diz que se anular é prova de fé.

Jesus veio para restaurar a identidade, não para enterrá-la no coração de outro.



💡 Uma oração que coloca tudo no lugar

Uma vez, ouvi uma oração linda — talvez a mais lúcida já feita sobre relacionamentos:

> “Senhor, me dá alguém que Te ame mais do que a mim.”



Essa é a oração de quem não quer ser idolatrada nem idolatrar.

É o pedido de alguém que deseja um relacionamento saudável, onde Deus está no centro, e não o outro.
Alguém que entende que só quem ama a Deus de verdade, sabe amar de forma madura, livre e equilibrada.


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🔚 Conclusão: Nem toda aliança é de Deus

Não copie Ruth por carência.
Não se entregue a ninguém por medo de ficar só.
Não imite atitudes emocionais e espirituais sem discernimento.

 ✨ Nem toda entrega é santa.
✨    Nem toda fidelidade é saudável.
✨ Nem todo relacionamento é de Deus.


Ruth teve um propósito.
Você também tem.

Mas o seu propósito começa em Deus, não em alguém.

terça-feira, 24 de junho de 2025


Reforma Espiritual: Quando a Alma Precisa de Restauração




 
Reforma Espiritual: Quando a Alma Precisa de Restauração


Estando aqui na minha cozinha, fui mexer no armário e, de repente, a porta soltou. Notei que ela já estava com defeito. E não só ela, outras partes também estão se soltando, como se o tempo e o uso tivessem desgastado tudo aos poucos.

Pensei: “Tantas coisas pra fazer… Reformar aqui, consertar ali, talvez até adquirir um imóvel novo.” E aquilo me tocou de um jeito diferente, sabe? Porque chega um ponto em que a gente se pergunta: “Por onde começo? O que é prioridade agora?”

Mas, mais do que isso, olhei para dentro de mim e me perguntei:
Quanto dentro de mim também precisa ser reformado?

Existem partes em nós que já se soltaram. Outras estão por um fio, prestes a cair. Às vezes a gente tenta encaixar de novo, forçar, disfarçar… mas chega uma hora em que aquilo já não se sustenta mais. Ou precisa de uma reforma, ou precisa ser feito de novo.

Lembrei de um sonho que tive certa vez. Nele, eu pegava um pano ensopado no sangue de Jesus um líquido vermelho, vivo e passava nas trincas e rachaduras da parede. Aquelas rachaduras representavam meu interior. E eu entendi: não é só no sonho que devemos fazer isso.
É na vida real. É hoje.

Se há pedaços soltos em você, não tente forçar encaixes que não se sustentam mais. Peça a Jesus:
"Arruma o que está bagunçado, Senhor. Restaura o que foi quebrado. E se for preciso, faz novo."

Assim como nos preocupamos em reformar nossa casa ou trocar móveis quebrados, precisamos olhar com esse mesmo zelo para dentro de nós. Às vezes, reformar algo sai mais caro do que fazer tudo novo — e com o nosso interior, é assim também.

Então pare e pense:

🔸 O que em você está solto?
🔸 Que pedaço está prestes a cair?
🔸 Quais são as trincas escondidas dentro de você, que só o sangue de Jesus pode alcançar?

Medite nisso hoje. Por você. Por alguém que você ama. Por aquele que tem chorado em silêncio, com dores internas que ninguém vê.

Nem todo problema é externo. Muitos estão dentro da alma. São feridas antigas, confusões internas, culpas, cansaços, traumas, medos. São partes que precisam de cura, de reforma, de um renovo — ou até mesmo de serem refeitas.

Às vezes, nossa vida é como um prédio ou uma casa que, com o tempo, vai ficando frágil.

As rachaduras aumentam, as paredes já não seguram o peso, o telhado está prestes a ceder.

Chega um momento em que não dá mais para fazer remendo, não adianta consertar com jeitinho ou colocar só um pedaço novo aqui e outro ali.

É preciso derrubar o que está velho para não causar danos maiores.

Mas o dono não abandona o terreno. Ele limpa, tira os escombros, deixa o espaço pronto.

E ali, com esperança, começa a construir algo novo muito mais bonito, forte e seguro.

Ele não fez só uma reforma.
Ele colocou tudo no chão.

Porque às vezes, na nossa vida, não adianta consertar o que já está destruído.

Às vezes é preciso ser quebrado para que o Senhor possa levantar algo novo.

Jesus fala que Ele faz novas todas as coisas. "Eis que faço novas todas as coisas" é uma referência bíblica encontrada em Apocalipse 21:5

Tem aqueles que precisam de reforma, de restauração.

Mas existem também os que precisam ser quebrados, despedaçados, para que sejam refeitos, como um vaso que, ao quebrar, o oleiro molda de novo com perfeição. 
 Como o vaso, que ele fazia de barro, quebrou-se na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos olhos do oleiro fazer. Jeremias 18:4


Assim é o amor de Deus por nós não se contenta com o velho, o inseguro, o quebrado, se não há outra saída.

Ele quer nos levantar firmes, bonitos, prontos para viver plenamente, sem causar dano a ninguém, nem a nós mesmos.

E se for preciso...

✨ “Faz de novo, Senhor. Faz-me de novo.”

domingo, 15 de junho de 2025


 Ela já estava lá


 “E eis que uma mulher da cidade, pecadora, sabendo que ele estava à mesa na casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com unguento...”
(Lucas 7:37)



O versículo não diz que ela “entrou” na casa.
Não há nenhuma menção à sua chegada. O texto apenas diz que ela “sabendo que Jesus estava à mesa... levou”.
Dá a entender que ela já estava ali.
Já estava naquele ambiente.
Talvez em silêncio. Talvez à margem. Mas ali.

E isso nos leva a pensar:
Ela não apareceu de repente.
Ela soube que Ele estava lá e levou com ela um vaso de alabastro.
Ela não improvisou. Ela se preparou.
Ela não tropeçou naquele momento. Ela buscou aquele momento.
Com um coração quebrantado, decidido, ela levou o melhor que tinha.
Um vaso de perfume precioso. Não para si. Mas para ungir os pés d’Aquele que ela sabia que podia mudar sua história.

O texto a chama de “mulher pecadora”.
Mas não diz que era prostituta.
Essa associação foi feita mais tarde, por tradições humanas.
A Bíblia não afirma isso.

E mais: o fato de ela estar na casa de um fariseu já quebra essa ideia.
Porque uma prostituta não seria bem recebida ali.
Os fariseus evitavam até o contato físico com “pecadores” para não se tornarem impuros.
Como ela estava lá, então?

Ou ela era alguém já presente no ambiente, não considerada “imunda” publicamente,
ou era alguém cuja presença foi tolerada exatamente porque sua intenção era nobre — e dirigida a Jesus.


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Talvez ela fosse conhecida como pecadora.
Mas não sabemos por quê.
Pecado não é sinônimo de prostituição.
O texto não dá detalhes — e talvez justamente para nos ensinar que não é o rótulo que importa,
mas o que acontece entre a alma arrependida e Jesus.

Ela se posiciona atrás Dele.
Ela chora.
Ela o toca.
Ela unge seus pés.
Ela adora.

E Jesus recebe tudo.

quinta-feira, 12 de junho de 2025

Ser Sal da Terra Sem ser Salgado Demais


 🧂 Ser Sal da Terra Sem Ser Salgado Demais


Sabe quando a gente se lembra de um versículo da Bíblia, mesmo sem tê-lo lido no dia? É como se o Espírito Santo soprasse no coração. Esses dias me veio à mente o que Jesus disse:
“Vós sois o sal da terra.” (Mateus 5:13)

Fiquei meditando sobre o sal. O sal serve para dar sabor, certo? Quando misturado com alho então… fica uma delícia. Ele realça o gosto do alimento, transforma. Mas também me veio à mente outra coisa: o sal provoca sede. E não só isso — em excesso, ele pode deixar a comida intragável. Se for demais, ninguém consegue comer. Pode até fazer mal à saúde.

E isso me fez pensar:
Como podemos ser “sal da terra” sem nos tornarmos “salgados demais”?

🌿 O sal tem seus propósitos

Jesus nos chamou para dar sabor à vida. Para sermos testemunho, presença, cura. O sal no tempo bíblico também era usado para conservar os alimentos, impedindo que estragassem. Assim somos nós: chamados para preservar valores, temperar com graça, despertar sede de Deus nas pessoas.

Mas aí vem o equilíbrio:
O sal é bom, mas precisa ser usado na medida certa.

❗Quando o sal é demais…

Sal em excesso dá sede. Mas não aquela sede boa que leva à Água da Vida. Dá sede de “fugir”. De não querer ouvir mais. De não querer mais saber de fé. Sal demais pode causar rejeição.

Isso acontece quando:

Falamos de Deus com dureza, sem amor;

Julgamos sem escutar;

Impomos o evangelho em vez de vivê-lo;

Rejeitamos pessoas quando Jesus nos chamou para acolher.


E assim, em vez de alimentar, a gente afasta. Em vez de provocar sede por Jesus, provocamos resistência.

🌊 Então, como ser sal sem causar mal-estar?

A Bíblia nos orienta:

> “A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um.”
(Colossenses 4:6)



Temperada. Não saturada.
Com sabedoria. Não com imposição.
Com graça. Não com arrogância.

Precisamos:

Ser presença que cura, não que pesa;

Falar com amor, não com rigidez;

Entender o tempo certo de falar — e o tempo de calar e só abraçar.


✨ O sal certo aponta para a Água Viva

Jesus foi o sal perfeito. Ele despertava sede nas pessoas — uma sede boa, verdadeira. Ele dava sabor à vida delas, e nunca causava mal-estar com Suas palavras. Ele acolhia, mesmo ao corrigir.

Que a gente também seja assim:
Um sal que encanta, cura e transforma,
Não um sal que afasta e adoece.




💬 E você? Já se pegou sendo “salgado demais”? Ou conhece alguém que se afastou por causa disso? Compartilha aqui nos comentários. Vamos refletir e crescer juntos na graça.

📖 Que a nossa vida provoque sede pela Água da Vida — Jesus.

domingo, 8 de junho de 2025

Me ouça, mesmo em silêncio


"Me Ouça, Mesmo em Silêncio"

Me convença de que está tudo bem...
Mas, quando você vai embora, minha certeza também se vai.
É sempre a mesma história:
Me culpo, me escondo, me calo.

Por que não digo que preciso de ajuda?
Porque aprendi a parecer forte,
Mesmo quando minha alma grita por socorro.

Mas...
Ninguém ouve.
Não porque não queiram 

Mas porque meu grito não tem som.
O medo e a culpa tiram minha voz.

Por que esconder minhas emoções?
Porque tenho medo de não ser entendida.
Medo de dizer "não",
Medo de desmoronar.

Mas eu clamo...
Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim!
Aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
Então, Senhor, salva-me de mim.
Liberta-me da culpa.
Liberta-me do medo.

Confio em Ti.
E sei: Teu amor me libertará.

Mesmo que o mundo não ouça,
Sei que o Senhor ouvirá.

E você, que lê isso agora:
Sabia que existem pessoas em pedaços,
Gritando por socorro com a alma em silêncio?

Seja o ouvido que escuta o grito sem som.
Seja o abraço que não exige palavras.
Seja o reflexo do Amor que liberta.

E, se você está lendo esta mensagem e se sente assim, saiba que não está sozinho.
Deus olha para você, e Ele não é indiferente à sua dor.
Te convido a falar com Ele agora e contar tudo o que sente.
Ele te ouvirá.
Espere no Senhor, e Ele se inclinará para você e te ouvirá.
Ele te tirará desse poço frio e escuro e te colocará em um lugar seguro.

Deus te abençoe! Jesus te ama!

quinta-feira, 15 de maio de 2025

A Ovelhinha - Deus viu Bate-Seba


 A Ovelhinha— Deus viu Bate-Seba


Eu tentei, sabe... tentei limpar a barra de Davi. Mas quanto mais eu olho pra história, mais percebo: não tem como. Ele era o rei. Ele tinha poder. Ele sabia que ela era casada. E mesmo assim mandou chamá-la. Ela não foi até ele por vontade própria. Ele a trouxe. Ele a tomou. Ele sabia o que estava fazendo.


E ela? O que poderia dizer? “Meu rei, eu sou casada. Isso é adultério. Isso é pecado. Isso é sentença de morte.” Você acha mesmo que ela teria voz pra isso? Diante de um rei? Diante de alguém que podia decidir o destino dela e de seu marido?


E o que Davi fez? Matou Urias. Matou o marido dela. Um homem fiel, leal, honrado. E tomou a mulher dele como esposa. Que prova maior precisamos de que ele era capaz de cometer os atos mais absurdos?


Mas sabe o que mais me toca? É como Deus olhou para Bate-Seba.


Ela não foi chamada de mulher de Davi, mesmo depois de casada com ele. Lá em Mateus 1:6, na genealogia de Jesus, ela é mencionada como “a mulher de Urias”.


Isso me quebra por dentro. Me toca profundamente.

Porque é como se Deus dissesse:


 “Ela não é propriedade do homem que a tomou. Ela permanece, aos Meus olhos, a mulher do homem que a amava. A mulher que foi injustiçada. Eu honro a história dela.”

E então vem o profeta Natã. A parábola da ovelhinha.

Que coisa mais linda.

A ovelhinha dormia no colo, comia do prato, bebia do copo. Era única. Era amada. Era parte da casa.

E foi tirada.

Deus não disse: “Vocês pecaram.”

Deus disse: “Tu és este homem.”

Davi foi confrontado. Não ela.

Ela foi protegida até na parábola.

Ela era a cordeirinha.

Ela sofreu, sim. Perdeu o filho. Chorou.

Mas depois...

Deus permitiu que ela gerasse Salomão.

E a Bíblia diz: “E o Senhor o amou.”

Um novo começo. Um sinal de graça.

Deus ainda estava com ela.


Essa história me faz pensar:

Quantas mulheres já foram vistas como culpadas quando, na verdade, foram vítimas?

Quantas cordeirinhas existem por aí, que só o céu reconhece?

Mas Deus vê.

Deus conhece a verdade por trás dos muros do palácio.

Deus não esquece o nome das injustiçadas.

Deus não apaga a história das mulheres feridas.


Ela será sempre lembrada como a mulher de Urias.

Porque, aos olhos de Deus, ela nunca foi de outro.

quinta-feira, 8 de maio de 2025

Agar, a mulher invisível


Agar, a mulher invisível

Amo refletir sobre Agar.
Agar, a mulher invisível.

Ela só foi notada quando serviu como uma espécie de “incubadora”. Quando pensou que finalmente seria vista e valorizada, por estar grávida de Abraão, o patriarca, sentiu-se importante — e acabou desprezando Sara, sua senhora (Gênesis 16:4-5). Mas não seria natural que uma mulher que sempre foi invisível, escrava, e agora carregava o filho do “pai da fé”, sentisse que havia se tornado especial?

Pobre Agar… mal sabia que continuaria sendo invisível.
Abraão diz a Sara: “Ela é tua serva; faze dela o que bem te parecer aos teus olhos.” (Gênesis 16:6)
Ágar foge para o deserto, grávida.

Mas ali, no deserto, ela é encontrada!
Um anjo, da parte de Deus, aparece a ela e a chama pelo nome (Gênesis 16:7-8).
Sim, Deus conhecia Agar. Deus a via.
Ela então declara: “Tu és o Deus que me vê.” (Gênesis 16:13)
Foi a única mulher na Bíblia a dar um nome a Deus.

O anjo a orienta a voltar e se humilhar — não porque Deus se agrada do sofrimento ou da humilhação, mas porque “aquele que se humilhar será exaltado” (Tiago 4:10).

Agar recebe de Deus uma promessa. Ela volta e dá à luz Ismael. E esse nome não foi escolhido por Abraão, mas por Deus (Gênesis 16:11).

A Bíblia não diz que Ismael era um irmão maldoso. Diz apenas que ele zombava de Isaque (Gênesis 21:9).
Mas, no original hebraico, esse verbo pode significar zombar, rir, brincar…
Sara, como mãe protetora, não gostou do que viu. Então disse a Abraão:
“Mande embora essa escrava e seu filho, pois o filho desta escrava não será herdeiro com meu filho, Isaque.” (Gênesis 21:10)

Foi duro. Ela não disse “Agar” ou “Ismael”. Disse “essa escrava” e “seu filho”.
Mas esse filho tinha nome. E essa mulher também.
Ela era mãe de Ismael, o primogênito de Abraão.

Abraão os expulsou, entregando apenas um jarro de água e um pouco de pão (Gênesis 21:14).
A provisão humana é limitada, fraca, escassa.
No deserto, eles chegaram ao fim da força. E quando a água acabou, Agar, para não ver o menino morrer, afastou-se dele e chorou (Gênesis 21:15-16).

Mas ela não chorou sozinha.
Deus ouviu o choro do menino. E viu, mais uma vez, a dor da mãe (Gênesis 21:17).

E Deus interveio.
Abriu fontes no deserto.
Supriu. Sustentou.
Porque a promessa que Ele havia feito a Agar de que faria de Ismael uma grande nação ainda estava de pé (Gênesis 21:18-21).

Se dependesse de Abraão, Agar e Ismael teriam morrido.
Mas Deus não permitiu.

Deus é aquele que vê os invisíveis.
Aquele que abre fontes no deserto.
Aquele que cumpre promessas.
Aquele que é fiel.

Ao olhar para a história de Agar e Ismael, vejo que até os homens e mulheres de Deus podem errar. Podem ser injustos. Podem ser egoístas.

Mas Deus continua sendo justo, fiel e bom.
Agar foi invisível aos olhos de Sara e de Abraão…
Mas nunca foi invisível aos olhos de Deus.