Eles alimentam o povo no pecado, mas não os tiram dele
Em todo o Brasil, vemos uma cena que se repete: ruas cheias de pessoas destruídas pelas drogas, perdidas na lama do vício, morando entre o lixo, o relento e a dor. Pessoas que já foram abordadas com propostas de ajuda, de recomeço, de reabilitação. Mas muitas dizem:
“Não, obrigado. Se você vier aqui todos os dias me trazer comida, eu aceito. Mas eu não quero sair daqui.”
Isso me fez pensar.
Quantos hoje, espiritualmente, estão vivendo exatamente assim?
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Um evangelho que alimenta, mas não limpa
Há líderes, pregadores, pastores e influenciadores dizendo:
“Deus te ama. Continue como está.”
“Não importa o que você faça, Ele vai continuar te amando.”
E é verdade: Deus ama.
Mas a pergunta é: o que estão fazendo com esse amor?
Hoje, o amor de Deus tem sido transformado em uma desculpa para permanecer no pecado.
É como se disséssemos:
> “Se Deus me ama no lixo, então é lá que eu vou ficar.”
Estão alimentando o povo — mas dentro do lixo.
Estão dando comida — mas sem oferecer a cura.
Estão falando do amor — mas sem anunciar o arrependimento.
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“Se Deus me ama, por que eu preciso mudar?”
Essa frase, que soa leve aos ouvidos de hoje, é uma das mais perigosas e vazias que alguém pode dizer.
É o grito de uma geração que não aceita confronto, que não tolera correção e que rejeita qualquer coisa que desafie o seu próprio prazer.
Mas o amor verdadeiro não é permissivo — é transformador.
E o que Cristo fez na cruz foi por amor, sim.
Mas não para que eu me beneficiasse e permanecesse onde estou.
Foi para me salvar, me limpar, me transformar.
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Banalização do amor mais lindo da história
Me entristece profundamente ver que muitos hoje banalizam o maior amor que o mundo já conheceu.
O amor do Filho de Deus, que foi moído, desprezado, crucificado por amor a nós.
E agora esse amor tem sido usado como justificativa para:
Viver no pecado,
Rejeitar a correção,
Anular a cruz.

Mas o dom gratuito só faz sentido quando entendemos a gravidade do pecado.
Cristo não morreu à toa. Ele morreu porque a graça não é leve — ela custou sangue.
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Não é errado dar comida — mas e o banho?
Assim como é importante alimentar o faminto na rua, também é importante oferecer o caminho da restauração.
Dar pão, mas também oferecer saída.
Amar, mas também anunciar a verdade.
Infelizmente, muitos estão apenas alimentando as pessoas espiritualmente, mas não estão dizendo que é necessário sair do lixo.
Porque temem ofender. Porque acham que isso não é “amor”.
Mas o verdadeiro amor alerta, corrige, confronta.
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Um alerta à igreja
Essa mensagem não é só para o mundo — ela é para a igreja.
É sobre como nós, como Corpo de Cristo, temos lidado com a verdade.
Muitos dentro da igreja amam mais o “próximo” do que a Deus.
E, por isso, silenciam diante do pecado, aprovam condutas que Deus reprova e tentam adaptar a Bíblia à cultura atual.

Não é amar menos as pessoas.
É amar primeiro a Deus, acima de tudo e de todos.
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Que o Espírito Santo nos convença
Essa não é uma mensagem de condenação — é uma oração.
Que o Espírito Santo convença do pecado, da justiça e do juízo.
Que Ele abra olhos.
Que Ele quebre resistências.
Que Ele nos lembre, com graça e poder, que o amor de Deus é real, mas também é santo.

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