BEM - VINDO

Bem - vindo ao Seja como orvalho em terra seca, que você meu amigo possa ser edificado com cada mensagem posta aqui!
Deus te abençoe!

quarta-feira, 30 de abril de 2025

Religião: Um ídolo disfarçado


 Religião: um ídolo disfarçado


Se pararmos para pensar, qual é o verdadeiro significado da palavra "religião"? Alguns dizem que vem do termo religare, que significaria "ligar o homem a Deus". Muitos acreditam que a religião é uma forma de se aproximar de Deus. Mas e se a religião, que muitos consideram um caminho, estiver se tornando um ídolo? Um objeto de idolatria?

Pode parecer forte, mas essa é a realidade que vejo. Para mim, religião não tem nada a ver com cristianismo. A Bíblia é clara quando Jesus declara: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim." (João 14:6). Isso não é religião. Jesus não é uma religião. Jesus é o plano perfeito de Deus para a humanidade.

Lembro de uma influencer conhecida que, em um vídeo, disse: “Não existe só uma religião, existem várias. Experimente todas. A que você mais gostar, fique com ela.” Com todo respeito, mas eu não concordo. Viver para Cristo não é sobre escolher o que mais se encaixa com você, como se fosse um produto. Não é procurar um lugar onde tudo se adequa ao seu gosto.” Com todo respeito, não concordo com isso. Viver para Cristo não é sobre o que se encaixa melhor no meu estilo de vida. Não é sobre escolher o que mais agrada. É sobre reconhecer o sacrifício de Jesus, que morreu em nosso lugar. É entender que Ele pagou um alto preço por causa do nosso pecado. Isso é sobre entrega, não adaptação. Isso é fé, não religião.

Cristo morreu na cruz por mim. Ele pagou um preço altíssimo pelos meus pecados. Ele tomou o meu lugar. E isso, definitivamente, não é religião. Quando temos consciência do que Ele fez por nós, entendemos que Jesus é o plano perfeito de Deus para a humanidade. Mais uma vez: isso não é religião. 

Quando alguém depende de uma religião para se achegar a Deus, está trilhando um caminho enganoso. O problema é que, quando colocamos nossa fé em práticas religiosas, em rotinas dominicais ou em um "fazer" constante, podemos estar andando por um caminho perigoso.  A Bíblia diz: "Há caminhos que parecem bons ao homem, mas no final conduzem à morte." (Provérbios 14:12). A religião pode se tornar um ídolo quando ocupa o lugar de Cristo. Quando a devoção é mais ao sistema do que ao Salvador.

Porque a religião pode aprisionar. Pode cegar. Pode substituir Cristo no coração das pessoas. 
 E isso, infelizmente, não acontece apenas nas religiões do mundo, pessoas religiosas, fiéis aos seus rituais, mas distantes de Jesus. O cristianismo, em sua essência, não é religião. É relacionamento com Cristo. É dependência total d'Ele. É entender que a ponte entre nós e Deus já foi construída — e essa ponte tem nome: Jesus. Jesus não declarou que a religião é o caminho, a verdade e a vida. Ele disse: "Eu sou." E isso muda tudo.

Então, a pergunta que eu deixo é: onde está a sua fé? Em que você deposita sua dependência? Na religião? Naquilo que você faz religiosamente todos os dias, toda semana, todo domingo? Ou você deposita sua fé e sua confiança em Cristo? 

Cuidado com a idolatria disfarçada de fé.
Cuidado com a idolatria disfarçada de devoção.
Cuidado com a idolatria disfarçada de religião.

Deixo aqui uma frase do filme A Cruzada: "Não aposte em religião, através da religião eu vi os mais variados fanatismos chamados de vontade de Deus. A santidade está na ação justa e na coragem de proteger aqueles que não podem defender a si mesmo e a bondade". 

Idolatria que não parece idolatria


 


Idolatria que não parece idolatria

Hoje, algo em Jeremias 44 tocou profundamente meu coração. Há uma passagem onde o povo contradiz Jeremias, e no versículo 18 eles dizem: "Mas, desde que cessamos de queimar incenso à rainha dos céus e lhe oferecer libações, tivemos falta de tudo e fomos consumidos pela espada e pela fome." Quem disse isso foi o povo de Deus. Dá pra acreditar? O povo de Deus dizendo isso. Achando que as dificuldades que estavam enfrentando eram por não oferecerem incenso e libações a um ídolo.

Mas toda aquela situação era justamente consequência da idolatria deles — porque haviam deixado o Senhor. Jeremias deixa isso claro nos versículos seguintes. E algo veio ao meu coração: ídolo não é apenas imagem de escultura. Ídolo não é só um cantor, um ator, uma atriz ou o seu time do coração. Ídolo é qualquer coisa que colocamos no lugar de Deus.

E muitas vezes nós, que criticamos as pessoas por sua idolatria — por rezarem para imagens ou se apegarem a coisas visíveis — esquecemos que, muitas vezes, também temos ídolos escondidos no coração.

Isso me levou a pedir perdão a Deus pelos ídolos que não parecem ídolos: ansiedade, medo, preocupações e problemas. Quantos ídolos existem dentro de nós! Quando damos mais importância aos nossos problemas e permitimos que eles gerem em nós ansiedade e medo, estamos dizendo que eles são maiores do que o nosso Deus. E quantas vezes essas coisas ocupam o lugar que pertence somente a Ele?

Eu entendo que ansiedade, medo e problemas existem. A questão é: quanto temos alimentado essas coisas? O povo de Deus, naquela época, disse: “Quando queimávamos incenso à rainha dos céus...” — ou seja, eles alimentavam aquele ídolo com rituais, com ofertas. E hoje? Como nós temos alimentado os nossos? Quando damos tanta importância aos sentimentos que enfrentamos, quando os mantemos no centro do nosso pensamento e deixamos que governem nossos dias — estamos alimentando ídolos.

E quanto mais alimentamos, mais eles crescem.

Jesus disse: “No mundo tereis aflições.” Mas Ele não parou aí. Ele também disse: “Mas tende bom ânimo. Eu venci o mundo". (João 16;33) E Paulo, em Romanos, declarou: “Em todas estas coisas somos mais que vencedores por meio daquele que nos amou.” ( Romanos 8:37)
Jesus venceu o mundo — e Ele nos fez vencedores também.

A Palavra de Deus ainda nos lembra que “o verdadeiro amor lança fora todo o medo” ( 1João 4:18) e que devemos “lançar sobre Ele toda a nossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de nós.” (1Pedro 5:7)

Não estou dizendo que a Palavra de Deus deve ser usada como um mantra — de forma alguma. Ela já é viva. A questão não é se passamos por problemas, se temos medo ou ficamos ansiosos. A questão é o quanto temos dado força a essas coisas, permitindo que ocupem um lugar em nosso coração que pertence somente a Deus.

Quando isso acontece, eles se tornam ídolos. E isso é idolatria. Quanto mais a alimentamos, mais ela cresce! 

Que possamos voltar ao Senhor, arrependidos, pedindo perdão por essa idolatria silenciosa que muitas vezes carregamos sem perceber. Percebemos a idolatria dos outros… mas nem sempre reconhecemos a nossa própria.

Que Deus tenha misericórdia de nós, e que o Seu perdão e o Seu amor nos alcancem e nos libertem.
Amém.

quarta-feira, 23 de abril de 2025

“Jesus não é mercadoria, Ele é oportunidade".

                                         


 “Jesus não é mercadoria, Ele é oportunidade.

Eu já havia pensado sobre isso antes, mas algo que ouvi hoje me fez refletir ainda mais profundamente. Durante muitos anos, o Evangelho tem sido apresentado com uma frase bastante conhecida: “Você aceita Jesus como seu Senhor e Salvador?” Essa pergunta tem sido usada em apelos, cultos, reuniões... Ela já virou parte do nosso vocabulário cristão.


Mas hoje, ao ouvir alguém falar sobre isso, fui confrontada com uma verdade simples, porém profunda: Por que eu é que tenho que aceitar Jesus?
Não deveria ser o contrário? Não seria Ele quem tem que me aceitar? Afinal, o pecador aqui sou eu, o sujo aqui sou eu. Ele é santo. Ele é justo. Ele é o Senhor.

Sim, eu entendo a intenção por trás da pergunta. Mas quando olho para a Palavra de Deus, vejo que ela não usa essa expressão. A Bíblia diz que “se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo” (Romanos 10:9). O foco está em confessar e crer, não em "aceitar" como quem faz uma escolha entre várias opções.

Quando eu confesso Jesus, seja no meu quarto, em silêncio, ou diante de uma multidão, eu estou declarando: Ele é o meu Senhor. Eu creio Nele com todo o meu coração. E isso, só isso, já é muito, porque Ele conhece o coração de cada um.

E no fim dessa conversa que me tocou tanto, a pessoa disse algo que ficou ecoando dentro de mim:
“Jesus não é mercadoria, Ele é oportunidade. Mercadoria compra quem quer. Oportunidade agarra quem reconhece que precisa.”

Eu reconheço. Eu preciso de Jesus.
E você?

quinta-feira, 17 de abril de 2025

“Em memória de mim” – A Ceia, a Páscoa e o Cordeiro

       




“Em memória de mim” – A Ceia, a Páscoa e o Cordeiro 

Às vezes a gente se esquece de algo tão simples e tão profundo: Jesus era judeu. Ele seguiu a Lei, Ele cresceu dentro da cultura e das festas que o povo de Israel sempre celebrou. E é importante lembrar disso porque muitas vezes a gente olha para a ceia do Senhor apenas pelo lado do que vivemos hoje na igreja, mas nos esquecemos de onde ela nasceu, o que ela significava naquele momento.

A ceia que Jesus teve com os discípulos foi celebrada durante a Páscoa, a Pesach, em hebraico. E a Páscoa, desde Moisés, sempre foi um memorial — uma lembrança da libertação do Egito, do sangue do cordeiro que foi passado nos umbrais das portas. A ordem de Deus era clara: “Vocês vão fazer isso como estatuto perpétuo, para que se lembrem de onde Eu os tirei.”

E então, ali, Jesus se senta com os discípulos e celebra essa mesma Páscoa. Ele estava cumprindo a Lei, fazendo o que todo judeu fazia, porque Ele mesmo disse: "Eu não vim abolir a Lei, mas cumpri-la." E é nesse contexto, nessa celebração da memória da libertação, que Jesus parte o pão e oferece o cálice, dizendo: “Este é o meu corpo... este é o meu sangue... fazei isso em memória de mim.”

Sabe o que isso me mostra? Que Jesus não anulou o sentido da Páscoa — Ele assumiu o centro dela. Ele estava dizendo: “Agora, o memorial não é mais só sobre a saída do Egito. Agora, o memorial é sobre o que Eu estou prestes a fazer: libertar vocês do pecado, da morte e da condenação.”

Ele pega o que o povo já entendia como tradição e símbolo, e dá um novo significado, colocando a Si mesmo no lugar do cordeiro. Que coisa linda! Que revelação maravilhosa! Ele estava dizendo: “Todas as vezes que vocês fizerem isso, lembrem-se de mim. Lembrem-se do que Eu fiz. Do preço que Eu paguei.”

E quando a gente entende isso, a ceia deixa de ser só um ritual no culto. Ela se torna um memorial vivo, uma lembrança viva, uma adoração verdadeira.

Jesus nos ensinou com amor, com entrega e com verdade. E tudo o que Ele fez, Ele fez dentro da obediência da Palavra de Deus. Não tem como a gente olhar para a ceia e esquecer que ela nasceu numa mesa de judeus, celebrando a Páscoa, e que o próprio Jesus, o nosso Salvador, era o Cordeiro que estava prestes a ser entregue.

sexta-feira, 11 de abril de 2025

Vá e Não Peques Mais — Um Chamado ao Arrependimento

Vá e Não Peques Mais — Um Chamado ao Arrependimento

A passagem da mulher adúltera (João 8:1-11) é uma das mais impactantes da Bíblia. Ela revela o confronto direto de Jesus com a hipocrisia e a maneira como Ele trata o ser humano com amor, mas sem fazer vista grossa ao pecado.

É muito comum ouvirmos pregações sobre esse episódio que destacam a compaixão de Jesus e sua postura de não condenação. Mas há um detalhe poderoso, muitas vezes esquecido: “Nem eu te condeno. Vá e não peques mais!”
Jesus não condenou a mulher, mas deixou claro que o pecado não poderia continuar. Ele nos ama, sim. Mas não se engane: Ele não compactua com nossos pecados.

Lembrando do pecado de Davi, vemos um Deus que também não o ignorou. Davi foi confrontado pelo profeta Natã, se arrependeu e, mesmo assim, sofreu as consequências de seu erro. Isso nos ensina que arrependimento verdadeiro traz perdão, mas não anula as colheitas do que foi semeado.

Vivemos tempos em que muitos desejam o amor de Deus, mas não estão dispostos a amá-Lo de volta. Falam sobre a graça, mas se recusam a abrir mão de seus pecados.
Dizem: “Deus me ama e isso basta!”
“Não preciso mudar, Ele me ama do jeito que sou!”

Mas será que esse amor que oferecemos de volta não é, na verdade, um amor medíocre?
O amor de Deus é sublime, excelente, e se expressa em um sacrifício: Ele deu Seu Filho por nós!
Jesus entregou-se por amor, mas esse amor é um convite à mudança. Ele é graça, mas também é verdade. Ele é acolhimento, mas também é confronto.

Infelizmente, muitos usam João 8 para justificar uma vida sem transformação. Mas o evangelho de Jesus é claro: há graça, sim, mas há também arrependimento.

Hoje confundimos liberdade com libertinagem.
Gritamos: “Eu sou livre!”
Mas... livres de quê?
Livres para quê?

A verdadeira liberdade está em conhecer a Cristo.
Não existe liberdade maior do que amar e servir a Deus.

Jesus ainda está dizendo à humanidade o mesmo que disse àquela mulher:
“Vá e não peques mais.”

Estamos na Semana Santa, uma época em que nos lembramos do sacrifício de Jesus por nós.
Mas eu te pergunto: e depois que essa semana passar?
Vamos continuar com a mesma intensidade?
Vamos orar com a mesma entrega?
Vamos seguir jejuando, confessando, buscando?

> “Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.” (Mateus 4:17)



Jesus continua nos chamando ao arrependimento.
O caminho que conduz à salvação é estreito.
Jesus trilhou esse caminho, carregando a nossa cruz. Ele sabia que seria doloroso, mas escolheu obedecer até a morte de cruz (Filipenses 2:8-11).

O caminho largo pode até parecer mais fácil, mais bonito, mais desejável — mas leva à morte (Mateus 7:13-14).
O Senhor continua nos dando escolha:

> “Eis que ponho diante de vós o caminho da vida e o caminho da morte.” (Jeremias 21:8)



> “Escolhe, pois, a vida, para que vivas com a tua posteridade.” (Deuteronômio 30:19)



Escolha a Cristo. Escolha a vida que está em Cristo.

terça-feira, 8 de abril de 2025

Judá, o substituto - A sombra de Cristo


Judá, o substituto – uma sombra de Cristo

Enquanto meditava na história de José e seus irmãos, algo saltou aos meus olhos de forma tão clara que o coração chegou a acelerar e senti uma alegria imensa me encher. Em Gênesis 44:33, quando Benjamin está prestes a ser deixado como escravo no Egito, é Judá quem se levanta e diz:

“Agora, pois, fique este teu servo em lugar do rapaz como escravo de meu senhor, e o rapaz suba com os seus irmãos.”

Judá se oferece para tomar o lugar de Benjamin. Ele se apresenta como substituto, assumindo o fardo que era do irmão. E naquele instante, algo me veio à mente com tanta força: Jesus. Ele também tomou o nosso lugar. Nós, que seríamos escravos do pecado, nós, que merecíamos condenação eterna... Ele se colocou no nosso lugar. Ele levou a nossa cruz, carregou os nossos pecados, suportou a dor que era nossa, para que fôssemos livres.
 Isso é uma sombra, um vislumbre do Redentor que viria através da sua própria linhagem. 

Jesus, o Leão da tribo de Judá, e veio para ser o nosso substituto perfeito. E ali, nas palavras de Judá, ecoa o amor de Cristo. Ele não apenas intercede, Ele se entrega. Ele não apenas sente a nossa dor, Ele a toma para Si.

Que coisa maravilhosa! Deus já estava nos mostrando, muito antes da cruz, que o Seu plano de redenção seria marcado por amor sacrificial. Que amor é esse? Um amor que se manifesta muito antes da cruz. Um amor que já pulsava nas entrelinhas da história de redenção. E que esse amor viria, não do filho favorito de Jacó, não daquele que foi mais honrado pelo pai, mas daquele que um dia se levantou para dizer: “Deixa que eu fique no lugar dele.”

Jesus fez isso por mim. Por você. Por todos nós.

sexta-feira, 4 de abril de 2025

A glória da segunda casa, será maior do que da primeira

 


Refletindo e meditando...

Hoje parei para refletir sobre as coisas passadas, as presentes… e, quem sabe, até as futuras. Não podemos falar do futuro com certeza, porque ele ainda não chegou. Mas podemos falar daquilo que já vivemos e daquilo que estamos vivendo agora.

E, nesse momento de reflexão, me veio à mente uma passagem do livro de Ageu, capítulo 2. Quando o Senhor fala ao povo por meio de seus servos:
"Quem dentre vós que tenha sobrevivido contemplou esta casa na sua primeira glória? E como a vedes agora? Não é ela como nada aos vossos olhos?"

Ao ler isso, comecei a imaginar o povo de Israel lembrando com saudade da época em que o templo estava de pé. Aquele saudosismo gostoso, aquela lembrança boa guardada no coração. Sentir saudade de algo bom não é errado. O problema é quando essas lembranças nos impedem de avançar, de prosseguir, de viver o novo que Deus tem preparado.

É aí que precisamos ter uma visão ampliada, principalmente no sentido espiritual.

Quantas pessoas olham para a vida delas hoje e dizem:
“Antes eu fazia tanta coisa na igreja… trabalhava, participava de tudo, estava em todos os eventos, nas vigílias, nas reuniões... Saía da igreja só depois das 23h, e com o coração cheio.”
Mas, hoje, não fazem mais essas coisas.

Você já parou pra pensar que, talvez, a sua vida mudou? Que hoje você faz outras coisas? E que o seu serviço ao Senhor não está limitado a um prédio, a um templo?

Muitas vezes, aquilo que você fazia antes, você não faz mais. Mas faz outras coisas que continuam sendo para Deus — e talvez com mais amor, mais entrega, mais paz. E mesmo que seja uma só coisa, se feita com dedicação e com um coração sincero, ela tem valor diante do Senhor.

Não diminua o seu trabalho.
A Palavra de Deus diz que o nosso trabalho no Senhor não é em vão. E esse trabalho não se limita às quatro paredes da igreja. Se aquilo que você tem feito, mesmo fora do templo, leva alguém a Cristo — então sim, Deus está sendo glorificado com isso.

Pare de se comparar com o que já foi. Não olhe mais para o passado como o povo olhava para o antigo templo, lamentando a glória de antes. Coloque sua esperança em Deus, não no que você faz, mas em quem Ele é.

Acredite: a glória da segunda casa será maior do que a primeira.

E aqui, eu não falo de templo de pedra. Falo da sua vida. Falo da nossa vida. Porque hoje, nós somos o templo do Espírito Santo.

Se Deus tem feito algo novo em você, que Ele abra os seus olhos para perceber isso. E se ainda não fez, que Ele prepare o seu coração para receber esse novo.
Não se sinta culpado por não fazer mais como antes. Talvez o que você fazia antes era fruto de imposição. E hoje o que você faz, faz com liberdade, com alegria. E isso agrada o coração do Pai.

Deus não olha para a quantidade. Deus olha o coração.
Ele não se impressiona com o muito fazer, mas com a sinceridade de quem faz.

Mesmo que façamos mil e uma coisas, ainda será pouco diante da grandeza d’Ele. Por isso, entregue o seu melhor — não em quantidade, mas em verdade. Viva o novo de Deus sem se apegar excessivamente ao passado.

Porque o hoje, o presente, aquilo que você vive agora, pode sim ser melhor.

A Palavra diz:
“Eis que faço novas todas as coisas. Está saindo à luz. Será que você não percebe?”

Talvez o apego ao passado esteja te impedindo de ver o que Deus está fazendo agora. No contexto de Ageu, sim, Ele falava do templo. Mas se lermos com os olhos do Espírito, podemos enxergar que Ele está falando de pessoas.

Lá no Novo Testamento, Jesus falou sobre o templo:
“Não ficará pedra sobre pedra.”
E de fato, com o tempo, o templo foi destruído. Então, onde ficou a glória daquele templo?
Hoje, somos nós o templo.

Deus está nos moldando, de glória em glória.

Isaías 61 nos lembra que o Espírito do Senhor está sobre nós. E com esse Espírito, consolamos os que choram, edificamos lugares arruinados, restauramos vidas...
Porque o propósito de Deus sempre foi gente, e não estruturas. Pedra, cimento e tijolo não têm vida. Mas nós temos.

Se o que você faz hoje tem tocado vidas, ainda que seja só uma coisa, Deus está sendo glorificado com isso.

Não para exaltar a nós, mas para glorificar Aquele que é fiel em cumprir Sua Palavra.

Então, que a nossa oração diária seja:
"Senhor, enche-nos de Ti. Mostra-nos a Tua glória. Porque Tu disseste que a glória da segunda casa será maior do que a primeira."