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sexta-feira, 14 de março de 2025

o filho mais velho


 Graça e paz

Lucas 15:11-32

Meditando a respeito da parábola do filho pródigo, algo me chamou atenção. Muitas vezes, quando se fala sobre essa parábola, o foco está no filho mais novo – aquele que saiu de casa. Mas, e o irmão mais velho? Aquele que permaneceu no lar com o pai? Parece bonito, não é? Só que não.

O filho mais velho, por mais que tenha ficado, não tinha um relacionamento sincero e genuíno com o pai. O vínculo dele com o pai estava baseado na obrigação, na expectativa de uma recompensa. E isso ficou claro em sua atitude quando o irmão mais novo voltou para casa.

Se o filho mais velho conhecesse o coração do pai, ele jamais cobraria algo. Quem tem intimidade entende o coração de quem ama – e não vive de exigências.

E aqui vem algo importante: o lar que o filho pródigo deixou não era apenas um lugar físico. Esse lar representava descanso, refúgio, segurança, relacionamento. Ao sair, ele estava, na prática, dizendo ao pai: "Eu não quero mais me relacionar com você. O senhor não é mais o meu refúgio, meu lugar seguro." E, assim, ele foi embora.

Mas… e o filho mais velho? Aquele que ficou? Mesmo permanecendo na casa, ele não compreendia que o próprio pai era o verdadeiro lar. Ele não entendeu que o pai era seu lugar de descanso, de refúgio, de segurança – e mais do que isso: o pai era o lugar de relacionamento. Porque quando Deus é o nosso lar, encontramos n’Ele tudo o que precisamos. Estar em Deus significa estar em relacionamento com Ele. E o filho mais velho não viveu essa verdade. Ele estava perto fisicamente, mas longe em seu coração.

E quantos, hoje, vivem assim? Fazem de tudo para Deus, mas não fazem por amor. Estão na igreja, envolvidos em atividades, mas sem um relacionamento verdadeiro com o Pai.

Isso me lembra de Jó. Todas as madrugadas, ele oferecia sacrifícios pelos filhos, preocupado que, talvez, eles tivessem pecado. Jó fazia o que era certo, mas fazia com medo – porque, naquele momento, ele ainda não conhecia a Deus em profundidade. Quem realmente conhece o coração do Pai não vive tentando se garantir por medo. Vive em confiança, em descanso.

E eu me pergunto: será que não estamos agindo como o filho mais velho? Fazendo tudo certo, mas sem conhecer o coração do Pai?

A igreja de Éfeso, em Apocalipse 2:4, foi alertada sobre isso. Tudo parecia bonito e correto – obras, serviço, perseverança – mas algo essencial se perdeu: o primeiro amor. E quando o amor se esfria, tudo vira obrigação, tudo se torna mecânico.

Precisamos voltar. Voltar ao verdadeiro lugar de relacionamento.

Porque Deus não quer apenas o que fazemos para Ele – Ele nos quer. Ele deseja nosso coração, nossa presença. Ele é o nosso lar. Nosso refúgio. Nosso lugar seguro.

E quando entendemos isso, tudo muda.

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