Quando o poço é profundo

Há momentos na vida em que nos encontramos em um “poço fundo”. O poço pode ser uma crise, um problema que parece sem solução ou até mesmo um estado de desânimo espiritual. Tentamos sair sozinhos, mas, como galhos quebradiços, nossos esforços não são suficientes.

E muitas vezes, o maior obstáculo não é a profundidade do poço, mas o fato de não pedirmos ajuda. Pode ser o orgulho que diz: “Eu consigo sozinho”; a vergonha que sussurra: “Ninguém pode saber o que estou enfrentando”; ou o medo de parecer fraco. Enquanto isso, há pessoas ao redor que, mesmo vendo nossa situação, não se movem para ajudar – seja por desconhecimento, indiferença ou por acharem que não têm o que oferecer.

 A Bíblia nos ensina: “Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis” (Tiago 5:16). Não há vergonha em pedir ajuda. Pelo contrário, é um ato de humildade e fé.

Se você se sente como alguém no fundo de um poço, lembre-se: há um Deus que vê você, mesmo quando ninguém mais percebe. Ele é o nosso socorro presente na angústia (Salmos 46:1). Mas Ele também usa pessoas para estender a mão, para apoiar e ajudar você a sair dessa situação. Contudo, é necessário dar o passo de pedir ajuda, de reconhecer que não precisamos carregar tudo sozinhos.

E se você está do lado de fora, vendo alguém no fundo de um poço, pergunte a si mesmo: “Tenho sido indiferente? Tenho esperado que o outro peça ajuda ou me posicionei para oferecer socorro?” Às vezes, um simples gesto de empatia, uma palavra de encorajamento ou uma oração pode ser o início da mudança para alguém.

O apóstolo Paulo nos lembra em Romanos 12:15: “Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que choram.” Isso nos chama a sermos sensíveis às dores do próximo, pois fomos chamados para sermos instrumentos de amor, graça e restauração na vida dos outros.

Reflexão Final

Se você está enfrentando dificuldades hoje, não tenha medo de buscar ajuda. Seja na oração, com um amigo, ou com alguém de confiança, lembre-se de que pedir ajuda não diminui você – pelo contrário, é um passo em direção à cura e à restauração.

E se você conhece alguém que está passando por um momento difícil, pergunte-se: “Como posso ser as mãos de Deus na vida dessa pessoa?” Talvez o socorro que ela precise dependa de um gesto simples seu.

Como diz em Gálatas 6:9: “E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido.” Seja a ajuda para quem está no poço, e não se esqueça: em Cristo, sempre há esperança de sair dele.